Tentativa de golpe: Primeira Turma do STF condena policial federal de Juiz de Fora que integrava grupo que espalhava fake news
Marcelo Araújo Bormevet Reprodução/Redes Sociais Marcelo Araújo Bormevet, policial federal de Juiz de Fora, foi um dos sete condenados pela 1ª turma do Sup...

Marcelo Araújo Bormevet Reprodução/Redes Sociais Marcelo Araújo Bormevet, policial federal de Juiz de Fora, foi um dos sete condenados pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (21) por participar da tentativa de golpe de Estado com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. No processo, o ex-servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi acusado de integrar um grupo criminoso que monitorava ilegalmente autoridades públicas e produzia notícias falsas por meio do sistema da Abin, em uma atuação que levou aos ataques aos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Em nota, a defesa de Marcelo Araújo Bormevet, através do advogado Hassan Souki, informou que respeita a decisão, mas discorda da condenação proferida. Leia a nota na íntegra mais abaixo. O policial federal, preso desde 2024 na Casa de Custódia do Policial Penal e Agente Socioeducativo, em Matozinhos, integra, junto com outros seis homens, o núcleo 4 do grupo, responsável por 'operações estratégicas de desinformação'. São eles: Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major da reserva do Exército; Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército; Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal; Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército; Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército; Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército. Julgamento da denúncia contra núcleo 4 da tentativa de golpe começa no STF Reprodução/TV Globo Condenação O grupo foi acusado de disseminar notícias falsas para criar uma instabilidade institucional que favorece uma tentativa de golpe de Estado. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os réus usaram a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para espionar adversários políticos, criar e espalhar informações falsas contra o processo eleitoral, instituições democráticas e autoridades que ameaçavam os interesses golpistas. O voto da maioria foi dado pela ministra Cármen Lúcia. A Primeira Turma tem 5 integrantes. Cármen seguiu o entendimento do relator, ministro Alexandre de Moraes, e votou pela condenação dos sete réus por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; organização criminosa armada; dano qualificado; deterioração de patrimônio tombado; Além de Moraes e Cármen Lúcia, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino votaram seguindo o parecer do relator. Fux foi o único a divergir. O julgamento teve o placar de 4 a 1. LEIA TAMBÉM: PF faz buscas em Juiz de Fora e prende policial federal investigado por espionagem ilegal e fake news Policial Federal de Juiz de Fora é um dos 37 indiciados em inquérito sobre tentativa de golpe Policial Federal de Juiz de Fora vira réu por espionagem ilegal em tentativa de golpe de Estado Nota da defesa de Marcelo Bormevet “A defesa de Marcelo Bormevet respeita a decisão proferida pela Primeira Turma do STF, mas discorda da condenação proferida. As provas constantes nos autos, no entendimento da defesa, não demonstram que Marcelo Bormevet contribuiu de forma consciente e eficaz para os crimes que lhe foram imputados. Quando publicado o acórdão, os votos serão analisados e, eventualmente, objeto de recurso”. Entenda o que é e para que serve a Abin VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes